Surfar pra mim, era ao mesmo tempo um grande desejo, destes de alma, e também um grande pavor. Como pode algo ser tão desejado e apavorante ao mesmo tempo?
Dia desses li uma frase em inglês que diz:
freedom from fear
ou seja, “liberdade do medo“.
Há menos de 4 anos eu surfo e nesse tempo eu experiência toda vez que decido surfar a liberdade que vem do medo. Nos primeiros 2 anos, ir surfar significava fazer uma terapia ativa, em movimento. Eu pedia pra professor me tirar da água, me apavorava a cada 5 minutos, achava que ia ficar sem ar, morrer, minhas expressões faciais eram de desespero, medo, aquele medo que por vezes te paralisa e te faz perder a noção de tempo e espaço. Eu já quebrei até dente surfando. Hoje dou risada, conto com leveza certas situações que rolaram, por que só eu sei o quão elas foram essenciais para conhecer sensações de alegria e satisfação que nada nem ninguém havia me proporcionado antes.
Há menos de 4 anos eu surfo e nesse tempo eu experiência toda vez que decido surfar a liberdade que vem do medo. Nos primeiros 2 anos, ir surfar significava fazer uma terapia ativa, em movimento. Eu pedia pra professor me tirar da água, me apavorava a cada 5 minutos, achava que ia ficar sem ar, morrer, minhas expressões faciais eram de desespero, medo, aquele medo que por vezes te paralisa e te faz perder a noção de tempo e espaço. Eu já quebrei até dente surfando. Hoje dou risada, conto com leveza certas situações que rolaram, por que só eu sei o quão elas foram essenciais para conhecer sensações de alegria e satisfação que nada nem ninguém havia me proporcionado antes.
O caminho até o outside é uma preparação para deixar na areia tudo que envolve a vida terrena, as milhares de responsabilidades e tentativas de controle e me entregar pra aventura que é surfar, estar ali entre as ondas, num ambiente fluido e ao mesmo tempo inconstante.
Surfar me fez entender meu espírito de mulher, me jogar na ciclicidade que é ocupar esse corpo, ter a certeza que sou uma mulher de fases. Me conectar com a variação das marés, a influência dos ciclos da lua, me fez entender mais sobre mim mesma. Por vezes remo até lá fora, largo a prancha e mergulho profundo, volto pra superfície e solto o ar com fervor, daqueles que junto do ar solta-se tudo que precisa “sair” de dentro de si.
É imersa nas águas que também sinto uma energia materna, me sinto literalmente dentro do útero da terra, lugar onde por vezes peço colo, entrego minhas dores, incômodos, lugar que peço conselhos, lugar que me ensina sobre respeito, sobre o tempo natural das coisas, sobre como me posicionar dentro e fora da água. Quem nunca tomou um caldo e o interpretou como um recado pra vida terrena?
O desespero se transformou em alegria porque eu quis muito, eu decidi superar e encarar o medo terrível que percorria minhas veias. Hoje eu adoro me apresentar como surfista, é um orgulho que não cabe em mim! Eu encontrei na superação de um dos meus maiores medos uma das minhas maiores felicidades. Se eu tô feliz, eu vou pro mar, se eu tô triste eu vou pro mar. O mar virou meu espaço predileto nesse Planeta. O lugar que hoje chamo de lar.
Hoje, no dia internacional das mulheres, eu te convido mulher a experimentar a aventura que é surfar. Te convido a vestir-se de coragem e intencionar qual é um grande sonho seu que você ainda se apavora com a possibilidade de se tornar real. Aquele sonho que está há anos guardado a 7 chaves na gaveta do seu coração. Não é via de regra, mas grandes sonhos podem ter como companhia grandes medos, a pergunta aqui é como você convida o medo pra ficar um pouco de lado e se entrega pra aventura que é sonhar e realizar. Se você já surfa, eu te convido a convidar outras mulheres para provar do gostinho que é ser água como as ondas do mar.
Feliz todo dia nosso dia.
Larissa Colombo – Empreendedora Sistêmica e embaixadora Positive Market